quarta-feira, 7 de junho de 2017

A civilização do medo. O Mundo como nunca o imaginámos… Paulo Vieira de Castro uma edição 4Estações.

A civilização do medo.
O Mundo como nunca o imaginámos…
Paulo Vieira de Castro

A economia do medo
As mais modernas formas de sociabilização são alicerçadas
no enfraquecimento interno do ser humano. E sustentadas
maioritariamente por estratégias de pânico e medo: insucesso,
solidão, infelicidade, desemprego, divórcio, pobreza, etc.
Estes são conceitos que a todos amedrontam no mundo contemporâneo,
distraindo -nos daquilo que realmente importa: ser inteiro.
Nos nossos dias, tudo tem origem no amor ou no medo. Eles
controlam e patrocinam os nossos pensamentos, palavras e
ações. A civilização ocidental vive ao lado do medo. Acredito
que hoje será o dia mais indicado para começar a pensar nas
consequências do que não temos feito.
A mudança depende do nosso compromisso com a memória,
assim como a transformação está refém de um tempo de novos
exemplos. Só dessa forma o futuro deixará de ser uma mera
desculpa.
É o medo, e não o ódio, que nos torna irracionais. O oposto
do amor não é o ódio. É o medo. Por isso, enquanto houver medo,
não haverá paz, dignidade, amor, liberdade… nem humanidade.
Neste particular, assim como perante as religiões, defino-
-me como um cético otimista. Confiante, converso com Deus
através dos mendigos e dos loucos que vou encontrando pelas

ruas.

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