Era uma vez uma pequena família de macacos que vivia na famosa terra de Ulabalu: a mamã, o papá e cinco pequenotes, todos meninos e muito pequeninos, muito mais pequenos do que um gafanhoto. A família vivia entre os ramos de uma árvore gigantesca, no meio de uma floresta, a pagar quinze ameixas por ano de renda a um velho gorila arrogante que dizia ser o senhorio.
Dos cinco macaquinhos, quatro tinham o pelo escuro, cor de chocolate, enquanto o mais novo-sabe-se lá por que perversão da natureza-era coberto de uma penugem fina cor-de-rosa, semelhante às petálas de uma rosa em maio. E é por isso que toda a gente, em casa e pela floresta fora, lhe chamava Pipi que, em língua de macaco, significa isso mesmo: da dor de uma rosa.
Carlo Colodi escreveu esta história imediatamente depois de Pinóquio, que todos nós conhecemos tão bem, nosso querido boneco de madeira que mente, e quando o faz, que é quase sempre o seu nariz de madeira cresce, cresce até tamanhos inacreditáveis . Pinóquio sonha a ser um menino como os outros.
E sempre está metido em sarilhos, tantos, por ingenuidade, preguiça, ambição.
Nas Aventuras de Pipi Colodi aprendemos o que é a diferença, ser rosa, quando todos os nossos irmãos, os da nossa raça são cor de chocolate. Ser diferente, ter um temperamento e comportamentos que fogem as regras, e receber nas nossas aventuras e desventuras todos os tipos de arranhões.
É importante desde pequenos aprendermos a ser o que somos, mesmo que diferentes, menos bem comportados, mais audaciosos. É importante para quem nos ama aprender a respeitar-nos e não forçar mudanças, impor e constranger.
Uma história para os papás e mamãs lerem com os seus filhotes.
Ilustrações lindas de Axel Scheffler, célebre ilustrador dos Grufalão.
Vá aos sites das livrarias e encontre o seu macaco cor-de-rosa e leve-o para casa.
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