Ainda hoje, muitos médicos ignoram que os sintomas de enfarte nas mulheres podem apresentar-se de forma distinta num em cada dois casos. E muitas mulheres também o ignoram! Essa realidade leva a atrasos de diagnósticos e a uma assistência médica mais tardia. Na verdade, é mais fácil classificar um enfarte quando este já foi declarado, reconhecido e rotulado como tal, com exames complementares e análises biológicas que o confirmam. Mas durante e antes de um ataque cardíaco, o diagnóstico revela-se mais delicado devido à não especificidade ou à atipia dos sintomas femininos. Uma cardiologista de renome faz soar o alarme: Em França, uma mulher em cada três morre de problemas cardíacos. As mulheres são as grandes esquecidas das doenças cardiovasculares. Não, as doenças cardiovasculares não afetam mais os homens do que as mulheres. Não, os sintomas de enfarte não são os mesmos para ambos os sexos. Sim, existem especificidades no coração da mulher e, por conseguinte, medidas preventivas a pôr em prática. As mulheres, o coração e os cuidados médicos constituem o trio principal deste livro, no qual uma mulher conta o seu percurso repleto de desafios para se impor como uma especialista reconhecida na sua área ( muito dominada pelos homens) e a sua luta para despistar as doenças cardíacas femininas e consequente tratamento, segundo uma abordagem humanista.
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