O Contador de Estórias de Mário de Moura |
Badaladas, acorda. Badaladas, acorda de novo. Adormece. O chiado estridente dos elétricos acordam-no uma, duas ou três vezes. Tenta desesperadamente dormir. Sucedem-se as horas, as badaladas, os elétricos, 9:15, 10:00, 10:45, 11:30 da noite. A partir daqui tudo muito misturado, o sono derruba-o definitivamente até às sete da manhã quando um carcereiro grita para ele ir ao WC. Mais tarde o mesmo carcereiro passa-lhe pela porta gradeada a caneca de cevada e o pão grande.
O prisioneiro fica a beber e a comer devagar, como se fosse um delicioso pequeno-almoço, e a interrogar-se...Porque estou preso?
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