quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Como companhia, eu, um amigo quase irmão, um irmão quase amigo. Eu próprio.





Como companhia, eu, um amigo quase irmão, um irmão quase amigo. Eu próprio. Cuidadosamente embrulhado em ideias fantasiosas de uma viagem de quando ainda era rapaz a uma pequena cidade espanhola. Muitas saudades de uns tempos em que a escola era risonha, pois era apenas um menino.
Só depois de homem mais do que feito o menino que vive em mim, sabe, tarde de mais, como eram bons aqueles tempos. Enquanto a paisagem corria, fiquei a conversar comigo, a discutir o futuro que não sabemos se teremos, grandes planos, não realizáveis. Afinal, quantos dos nossos sonhos conseguimos realizar? Porém, seria a vida possível sem eles?”

Mário Mendes de Moura. “Na Poeira do Tempo”.
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