segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Boas noites Outono. (c)Ione França

Boas noites Outono.

Canto Sétimo
Bons-dias

Bom-dia, Desejo.
Boa-noite, Sossego.

E assim são os meus dias. Perdida dentro de uma ideia ou de um suspiro. Possíveis suspiros.
Felicidade ou nostalgia?
Um pouco, mesmo muito pouco de outros sentimentos há muito esquecidos.
Sempre as portas abertas. Estas brisas de outros tempos. Também o pó, o pó entre os dedos, sobre a cómoda.
Levemente, vagarosamente, caminho pelos dias, sem sofreguidão, feliz. Apenas feliz, cheirando a maresia, um perfume que se entranha nas palavras, deixando a todas de férias.
As minhas palavras foram de férias e, de tantos silêncios, o meu olhar que se procura além do horizonte encontra o seu espírito, a sua tranquilidade e o seu sono.
Calma! Já acordo. Que o tempo é de façanhas. Vou sonhar os meus sonhos. E assim eu me revelarei. Eu sou a minha aventura de existir. Quantas façanhas!!!

Se  quiseres poderei oferecer-te dois sonhos por noite, nunca três, que não sou nada dada a exageros.
Ofereço o que tenho, apenas isto, sonhos...

Afinal ando pelos dias como quem tem futuros nos olhos e risos nas ideias, rio-me tanto ultimamente.

E beijo a vida, que a minha alma, as nossas almas, bem o merecem.

(c)Ione França
Acordei como acordam os tolos, cheia de felicidades
4 Estações Editora
www.castordepapel.pt

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