Voltando ao afinador. Não sei a razão por que, enquanto o mirava na sua persistente busca dos sons, eu aliava o seu trabalho com o que se contava sobre o genial Beethoven, surdo, surdíssimo, que para compor tocava nas teclas do piano com a mão esquerda, enquanto encostava o ouvido ao chão, e talvez a mão direita, para, imaginem só, através das vibrações das tábuas alcançar a leitura da sua própria partitura. Eu, miúdo tonto, perguntava-me: «Será que aquele compositor, sem dúvida um dos maiores de todos os tempos, também via cores quando premia as teclas?» Quem sabe, talvez o Dó em vermelho, quem sabe se o Ré em rosa, porque não o Mi em azul?”
Excerto de: Mário Mendes de Moura. “Na Poeira do Tempo”.
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