Tempo de Ler
O Contador de Estórias, do autor Mário de Moura.
O Prisioneiro ( pág. 179 )
..." O pai olha para os dois filhos com carinho.
Como da última vez que dali saiu, as doze badaladas do meio-dia voam por todo aquele espaço, passam por cima daquele que ali, no Aljube, foi prisioneiro, e entram nas janelas do casarão, para morrer nas pastas e nos papéis lá arquivados.
Resignado, o prisioneiro convida a família a subir até ao Castelo de São Jorge. Uma vez lá diz: " daqui poderão avistar quase toda a bela cidade de Lisboa".
Porém, murmura para si próprio, " mas não conseguirão sequer adivinhar o que os seus habitantes sabem e pensam daquele negro meio século da história deste país".
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